Está patente ao público no MAR-Museu da Água e Resíduos, na Ribeira de Sintra, uma exposição inédita do artista plástico Miguel Palma, intitulada “Linha d’Água”.
A exposição que pode ser visitada até 31 de março de 2025, alia a tecnologia e o ambiente, a imagem de marca dos trabalhos do artista, intimamente ligado a Sintra, onde já residiu (Eugaria, Colares), mas que constitui a sua primeira mostra no concelho.
A exposição é constituída por uma instalação intitulada “Cascata” com uma dimensão aproximada de três metros de comprimento por cerca de dois metros de altura. Esta nova peça é acompanhada por cinco pinturas, sete desenhos e dois quadros.
A exposição “Linha d’Água” é mais um exemplo da forma como o artista pensa as suas obras de forma única. Numa clara evocação do espaço onde a mesma se insere, é possível trabalhar esta temática enquanto se sente a conexão aos elementos do edifício.
Atualmente a viver em Santarém, onde procurou refúgio para um contacto mais estreito com a natureza, Miguel Palma aborda, nos seus trabalhos, o desenvolvimento tecnológico e a sua relação com o ambiente, a ideia de poder, a ecologia, a religião ou a máquina.
Apresentado em várias vertentes, a sua arte desenvolve-se sob a forma de desenho, escultura, instalação, vídeo e performance. Assumindo-se como um dos melhores artistas da sua geração, as suas obras levam-nos a associar dois contextos, tecnologia e ambiente.
Palma apropria-se das narrativas de uma modernidade em permanente questionamento para melhor refletir sobre o presente. O seu fascínio por ícones da modernidade clássica é evidente: o mundo da aviação, o automóvel, a arquitetura, a natureza e a tecnologia em geral.