• Terça-feira, 5 Agosto 2025

Parque Ecológico da Adraga-Praia Grande aprovado pela autarquia


O projeto do Parque Ecológico da Adraga-Praia Grande (PEAPG), em 54,6 hectares no litoral de Sintra, vai ser desenvolvido pelo município, fundação Aga Khan a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e Agência Portuguesa do Ambiente (APA), segundo um protocolo aprovado pelo executivo, esta terça-feira, 28 de janeiro.

A criação do Parque Ecológico irá permitir a recuperação paisagística de uma zona rica em património natural, incluindo pegadas de dinossauros e jazidas paleolíticas, bem como importantes geomonumentos de interesse natural e cultural, como o Calhau do Corvo e a Praia Grande do Rodízio.

Nesse sentido, o objetivo do projeto visa "proteger e incrementar os valores naturais", garantindo "a preservação dos 'habitats' e das espécies endémicas", eliminar ou "controlar espécies vegetais e animais invasoras", restaurando o "equilíbrio ecológico e da biodiversidade local", e gerir "o acesso dos visitantes às áreas mais sensíveis", minimizando "o impacto nos ecossistemas mais frágeis".

A preservação dos habitats e das espécies endémicas, bem como o controlo de espécies invasoras, são objetivos prioritários. A primeira fase do projeto, com conclusão prevista para 31 de julho, concentra-se na limpeza de 35 por cento da área (a zona norte) e na construção de três quilómetros de trilhos sinalizados. 

Entre agosto de 2024 e 31 de dezembro de 2027, a segunda fase abrangerá a limpeza do restante território, a instalação de infraestruturas de observação (miradouros) e de descanso, e a construção de um centro de interpretação ambiental.

"A criação do Parque Ecológico da Adraga-Praia Grande (PEAPG) surge como um projeto que visa a recuperação paisagística e a valorização de uma área costeira de grande interesse ambiental e cultural no concelho", promovendo "práticas sustentáveis que pretendem incentivar a comunidade local e visitantes para a importância da preservação ambiental", lê-se na proposta do presidente da autarquia, Basílio Horta.

Na reunião do executivo, Basílio Horta explicou que o projeto se iniciou com a compra dos cerca de 55 hectares que pertenciam a uma empresa falida (Cintra -- Urbanizações Turismo e Construções), por 500 mil euros, em 2021, apesar da fundação Aga Khan pretender desenvolver no local um projeto, que incluía um parque urbano.

O projeto acabou por ser transferido para outro local, mas o presidente da autarquia acrescentou que a fundação, que colabora com o município na área social, "manteve a sua intenção de ajudar" a criar um parque "de grande qualidade que vai ter uma repercussão não apenas para Sintra, mas para a região de Lisboa. Eu creio que este parque, este parque ecológico, quando estiver elaborado, quando estiver pronto na sua totalidade, vai ser uma mais-valia muito grande" para "a região de Lisboa, pela localização, pela preservação do ambiente", disse Basílio Horta, à agência Lusa, citado pelo Notícias ao Minuto (NM).

O vereador Pedro Ventura (CDU) recordou que para a zona esteve previsto "uma unidade hoteleira de cinco estrelas de grande dimensão", através de um projeto de interesse nacional (PIN), destacando a importância de se estar a "conservar uma área natural de grande valor ambiental e arqueológico", impedindo que as urbanizações continuem a avançar "sobre uma área costeira" particularmente sensível.

O vereador social-democrata Luís Patrício também apoiou um projeto "de grande valia para o município" e a comunicação prévia de que se vão "limpar acácias", uma infestante em toda a zona "da Serra de Sintra até ao mar".

Fotografia: arquivo

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