Filipa Jardim da Silva é Psicóloga especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, Coach Profissional, Formadora Certificada e Autora, CEO e Diretora Clínica da Transformar, que fundou em 2017. Coordena inúmeros projectos e lidera uma equipa de dezenas de profissionais de saúde, dedicados a promover bem-estar integrado.
Em 2019, publicou o seu primeiro livro “Dar a Volta” e em 2020 a publicação da obra “Intervenção em Psicologia Clínica” enquanto co-autora. O terceiro editado recentemente intitula-se “Síndrome da Impostora” e sempre que pode participa em ações de promoção dos seus livros e da leitura.
Sorri quando lhe perguntamos se se sente “Engenheira de Mentes e Corações”, já que procura diariamente mobilizar recursos e soluções junto de quem a procura. “Sinto-me muitas vezes também uma Agricultora, a semear pequenas mudanças que possam gerar grandes transformações, abraçando as vulnerabilidades ao invés de as julgar e assim transformam-se em forças”.
Mãe de dois filhos, Filipa não se queixa da falta de tempo. "Consegui superar o desafio e deixar cair a síndrome de super mulher”, porque não é possível fazer tudo ao mesmo tempo. Há dias em que as prioridades vão numa determinada direção e outras vezes, não". Claro que a maturidade e o autoconhecimento também ajudam a definir o dia-a-dia e a traçar prioridades e objetivos.
“Devo dizer que procuro com uma equipa de mais de 40 especialistas, modelar uma liderança pautada por vulnerabilidades, pela capacidade de pedir ajuda e estabelecer limites”.
Sobre o papel das mulheres num mundo tantas vezes machista e injusto, “vale a pena pensarmos neste conceito de feminismo, de não querer que a mulher seja encarada como ser superior, mas para contribuir que homens e mulheres possam coabitar com mais respeito por aquilo que são e com mais igualdade”.
Pensativa, “há um caminho já feito que temos que honrar, mas ainda há degraus por subir”.