Sandra Nóbrega, é proprietária da Barbearia Monte Abraão, mas o seu percurso de vida e profissional foi difícil. Começou a trabalhar ainda jovem para “ajudar a família numerosa com cinco irmãos”, retomando os estudos e formando-se mais tarde.
Com experiência no sector há mais de 40 anos, Sandra, depois de várias experiências profissionais, criou há cerca de 10 anos, o seu próprio negócio com a instalação de salão de Cabeleireiro de Homens, mantendo o conceito de Barbearia Tradicional Portuguesa.
“Já são muitos anos de experiência, numa atividade profissional que gosto muito e que exige especialização e actualização”, refere. Além do atendimento personalizado, este espaço criado há cerca de nove anos, oferece vários serviços, desde o corte de cabelo mais clássico, barbas, bigodes, patilhas, etc. Na “Barbearia de Monte Abraão”, faz-se o serviço de barbearia completo.
Barba e cabelo à antiga, para homens modernos ou mais conservadores, mas também para gente mais jovem. “Somos especializados em todo o tipo de cortes de cabelo e barba à navalha”, acrescenta Sandra Nóbrega, lembrando que há sempre tempo para dois dedos de conversa com os clientes, sobre os mais diversos assuntos.
Por exemplo, “o estilo de corte mais antigos estão a voltar a estar na moda”, o que significa que “as técnicas que sempre utilizei, são uma mais-valia agora”, confidência Sandra Nóbrega. “Os cortes que os jovens hoje querem, são os clássicos de outros tempos, com pequenas variações. A máquina faz o seu trabalho, mas é preciso aquela estaleca do pente e da tesoura, para fazer o remate final” que passam ainda pelos chamados degrades, que estão na moda.
Ser mulher, nunca foi um problema para Sandra Nóbrega exercer com “profissionalismo e competência” a sua profissão. Diz nunca se ter sentido discriminada por ser mulher, “apesar de existir ainda algum machismo à solta. Já não é tão visível como antigamente, mas ainda o há”, desabafa Sandra Nóbrega com um sorriso, explicando que “tudo depende na nossa postura. Somos mulheres e temos que nos valorizar e fazer respeitar”.