• Quarta-feira, 6 Agosto 2025

Utente grávida queixa-se de não ter acesso a consulta


Suzana  Sofia está grávida de quatro meses e inscrita no Centro de Saúde de Agualva que recusa assistir a utente argumentando não haver médicos para grávidas, isto apesar de já ter sido consultada naquela unidade que solicitou alguns exames.
No dia 14 fevereiro Suzana dia ter sido atendida pelo dr. Ishitiyaaq Habib, para apresentar uma análise realizada na Cintramédica que comprova o sua gravidez. Na ocasião, foram solicitados alguns exames e também Eco, com a indicação de os fazer “o mais rápido possível”, conta a utente.
No dia 7 de março, já com os exames realizados, Suzana dirigiu-se ao Centro de Saúde de Agualva “para mostrar o resultado dos exames” mas para sua surpresa, “a resposta foi não há médicos. Mandaram-me ir no dia 10 de março, cedo e às 02h00 estava a fila para conseguir a desejada consulta. Às 08h05, para meu espanto a resposta foi que não havia médicos para grávidas”.
Sem saber o que mais fazer para mostrar os exames, Suzana Sofia diz andar de um lado para o outro, lembrando que dia 27 de março faz quatro meses de gravidez, “e ainda não fui vista por um médico”, desabafa. Já recorreu à Saúde 24 para pedir ajuda. “Disseram-me para ir ao Centro de Saúde”. Procurou também o Hospital Amadora-Sintra, “e informaram que só posso ser seguida por ordem do serviço médico do Centro da Saúde” de Agualva.
Com a ajuda de um familiar tentou novamente marcar nova consulta no dia 26 de de março (terça-feira) e a resposta foi a mesma: “Não há médicos para grávida” mas desta vez com um dado novo, que “só poderá ser vista em agosto”, refere atónita a utente, já que o nascimento do bebé está previsto para outubro.
Emocionada, “não sei nada do bebé se está bem de saúde. Como é possível não ser consultada neste ou outro centro de saúde, tão pouco ser esclarecida sobre o que fazer”, questiona-se a utente. “O que faço à minha vida? O que tenho que fazer? O que vai ser deste filho que carrego no meu ventre sem acompanhamento médico?
Questões que preocupam Suzana Sofia, utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e sem recursos para recorrer a unidades de saúde privados.
O Correio de Sintra aguarda por um pedido de esclarecimento junto do Centro de Saúde de Agualva e da ACES de Sintra, que não foi possível incluir nesta edição.

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