Dezenas de pessoas em Marcha - Pela Defesa do SNS, manifestaram-se na manhã de sábado, pelas ruas da freguesia de Algueirão Mem Martins para exigir o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e contra a privatização do hospital Amadora-Sintra e médicos de família.
A ação promovida pela Comissão de Utentes de Saúde do Concelho de Sintra (CUSCS) exige o reforço dos centros de saúde, de forma a dar resposta aos milhares os utentes sem médico de família, no concelho de Sintra.
Culminando uma jornada de protesto que percorreu vários Centros de Saúde no Concelho, a CUSCS, denúnciou o "agravamento continuado e deliberado das condições do Serviço Nacional de Saúde", bem como das "condições de acesso à saúde" no Concelho de Sintra.
Além da exigência de "mais médicos de família", a comissão de utentes alertou ainda para as "horas de espera inaceitáveis” nos hospitais e para a “ameaça de privatização” dos serviços, quando "há cerca de 184 mil utentes sem médicos de família na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, que condiciona o acesso das populações aos cuidados de saúde primários e causa o congestionamento das urgências hospitalares".
Para o CUSCS, "o desinvestimento na Saúde e a transferência de recursos para o privado, criam problemas gravíssimos aos Utentes do SNS", que explicam o "caos que se vive em muitos hospitais nos Serviços de Urgência e especificamente no Hospital Amadora-Sintra, com tempos de espera infindáveis, nalguns casos superiores a 30 horas".
Para a CUSCS "há responsáveis pela falta de resposta" na área da saúde, que são resultado de "políticas de destruição dos serviços públicos implementadas nos últimos anos, que visam a entrega dos cuidados de súde à gula dos privados".
Entre outros pontos a CUSCS exige "o pleno acesso das populações aos cuidados de saúde, com qualidade e segurança; meios humanos, técnicos e financeiros que o assegurem e o reforço da rede de cuidados de saúde primários a todos os níveis dando-lhes mais capacidade de resposta e aproximando-a das populações e médico e enfermeiro de família para todos os utentes" no sentido que terminar com "a vergonha das longas filas de espera para marcar uma consulta".
Fotografia: CUSCS