• Domingo, 17 Agosto 2025

Parques de Sintra honrada com classificação da Arte Equestre Portuguesa pela UNESCO


A UNESCO confirmou esta terça-feira, a inscrição da Arte Equestre Portuguesa na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada em parceria pela Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro-Sangue Lusitano, pela Parques de Sintra e pelo Município da Golegã

A Parques de Sintra, que gere a Escola Portuguesa de Arte Equestre, sediada em Queluz, considerou hoje “uma honra muito grande” a inscrição da Arte Equestre Portuguesa na lista de Património Cultural Imaterial da UNESCO, partilhando o feito “com todos os cavaleiros”.

A candidatura da Arte Equestre Portuguesa à lista do Património Imaterial da UNESCO foi apresentada em parceria pela Associação Portuguesa de Criadores de Cavalo Puro-Sangue Lusitano, pela Parques de Sintra e pela Câmara Municipal da Golegã.

Gostávamos de felicitar e partilhar esta inscrição da UNESCO com todos os cavaleiros da arte equestre”, referiu Luís Calaim, à lusa citada pela RTP, recordando haver “milhares de cavaleiros, não só em Portugal mas em todo o mundo, que montam no cavalo lusitano”.

A Equitação Portuguesa é uma prática “que se traduz na excelência do ensino do cavalo expressa na realização dos andamentos e ares de alta escola, que deriva do ensino praticado nas academias de arte equestre europeia, com particularidades que a distinguem, fundamentalmente as que advêm da equitação de trabalho de alaceamento e lide do touro, em campo ou em arena, ou nos jogos equestres”, indica a descrição patente no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, do qual consta desde 2021.

O mesmo texto lembra que esta prática “encontra-se plasmada no trabalho realizado desde o século XVIII na Real Picaria, tendo atingido uma difusão contínua que chegou [à atualidade] e congrega numerosos indivíduos e grupos de praticantes”.

A comunidade de praticantes vai desde os amadores aos profissionais, encontrando-se o maior grupo na Escola Portuguesa de Arte Equestre (EPAE), embora haja praticantes espalhados por 20 países em cinco continentes, como recorda o texto patente na candidatura à classificação pela UNESCO.

“Estamos convictos que a manutenção deste património [Arte Equestre Portuguesa] neste inventário vai depender da sabedoria coletiva de todos. E não podemos esquecer que a única constante na história da humanidade é a mudança, e é muito importante para nós termos isto ciente no nosso dia-a-dia”, referiu hoje Luís Calaim à Lusa, citada pela RTP.

Recorde-se, o Comité Intergovernamental para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) reúne-se até 07 de dezembro em Assunção e, entre as candidaturas apresentadas, conta-se ainda uma do Brasil sobre o modo de produção artesanal do Queijo de Minas, no Estado de Minas Gerais, no sudeste do país sul-americano.

Fotografia: DR PSML

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